O Sebrae disponibilizou orientação completa para micro e pequenas empresas na retomada das atividades, a partir da última segunda-feira (15/6). Fora analisados 47 segmentos que representam mais de 13 milhões de empresas no Brasil. O projeto foi realizado a pedido da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia.
O diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, comenta que o projeto se baseou em três fases, a primeira, analisando como as MPEs podem se manter no mercado, segundo, as condições financeiras e de acesso à crédito e, por fim, as legislação que respaldam todas as medidas. “A primeira fase ainda está em curso, mas já se inicia uma outra fase, a retomada das atividades”, pontua o diretor. “Para poder retomar de forma segura, o Sebrae observou essa tecnicidade, existe ciência por trás dessa tomada de decisão, como o potencial de transmissão e a característica de cada atividade.”
Carlos Melles, presidente do Sebrae, enfatiza que, pela primeira vez, o país está trabalhando em créditos para MPEs “não subsidiado, mas com garantia total do governo”. “Estamos tentando colocar 30% do faturamento do ano anterior como capital de giro para a micro e pequena empresa”, disse o presidente em coletiva na manhã da última terça-feira (9/6).
O secretário da Sepec, Carlos da Costa, afirma que as orientações do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente da República, Jair Bolsonaro, são de que trabalhe para a retomada do comércio, mas com segurança para as empresas e sociedade. “A orientação é respeitar a decisão do STF. O que nós podemos fazer é dar orientações com os princípios do Ministério da Saúde, mas com ações do Ministério da Economia para apoiar os nossos empresários, aqueles que querem trabalhar”, afirmou Costa. “Muitos municípios não têm a capacidade técnica para definir as orientações e nós não queremos que tenham milhares de protocolos no Brasil inteiro”, acrescentou.
De acordo com o documento apresentado pelo Sebrae, serão priorizados os segmentos com maior densidade de empresas (alimentação, moda e beleza) e os mais afetados pela pandemia (turismo, economia criativa e saúde), além da construção civil, logística e transporte, varejo tradicional, artesanato, pet shop, indústrias de base tecnológica, reparação veicular e serviços educacionais.
Os conteúdos estão sendo disponibilizados gradativamente até a data de lançamento. Na quarta-feira (10/6), o portal do Sebrae apresentou novos conteúdos para os outros segmentos da alimentação, em especial para o microempreendedor individual (MEI), confeitarias, panificadoras, feiras livres, minimercados e mercearias. Nessa segunda etapa, os empresários da construção civil, tanto da indústria quanto das lojas do segmento, também vão ter acessos aos protocolos segmentados nos formatos de e-book e vídeos.
Fonte: correiobraziliense.com.br