Com foco na criação de novos modelos de negócios, ampliação de mercado e reconhecimento nacional, SC é a quarta maior indústria criativa do país.
O setor realizou o planejamento estratégico, que permite avaliar os desafios e traçar ações de futuro para aumentar o potencial da atividade.
A ação integra o Programa de Desenvolvimento Industrial Catarinense (PDIC), da Fiesc, apresentada na sexta-feira, dia 14, em Florianópolis.
O trabalho dá ênfase aos setores de mídia e entretenimento e conta com o apoio da Acate, Sebrae, Fecomércio, Fundação de Cultura, Santacine e Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte.
NOVOS NEGÓCIOS
Em relação aos novos negócios, o trabalho destaca que o fortalecimento do setor em SC passa por dois fatores: convergência digital no mercado de mídia e melhor aproveitamento dos investimentos federais.
Mario Cezar de Aguiar, presidente da Fiesc, destaca que “mais importante do que as estatísticas, é olhar para a indústria criativa pelo potencial que tem de impulsionar também outros segmentos industriais. Aqui o setor de tecnologia da informação e a área de design cumprem fortemente este papel. Além disso, no atual cenário de concorrência cada vez mais acirrada, criatividade e inovação passam a ser palavras-chave na busca da diferenciação e de valor para os produtos”.
MERCADO
Dentre os estados, a participação no PIB criativo se concentra em São Paulo (3,9%), Rio de Janeiro (3,7%), Distrito Federal (3,1%) e Santa Catarina (2,3%).
No estado, o setor criativo é composto por 1.545 empresas e emprega 9.470 trabalhadores (Rais 2016).
As companhias que mais empregam são as de pequeno porte, que respondem por 49% das vagas, 32% são microempresas, 6% são de médio porte e 13% são grandes companhias.
Dentre os empregos da indústria criativa, 43,7% são de atividades ligadas ao rádio e televisão, 28,3% são publicidade e pesquisa, 11,8% são de edição, 10,9% são de atividade cinematográfica e 5,3% são atividades artísticas.
Em relação à distribuição, 27,9% estão na Grande Florianópolis, 22,3% estão no Vale do Itajaí, 19,9% no Oeste, 12,8% no Norte, 11,6% no Sul e 5,6% na região Serrana.
INVESTIMENTOS
O estudo revela ainda que SC tem vocação para expandir o setor, mas tem atraído uma parcela pequena dos investimentos disponibilizados por meio de mecanismos federais de fomento.
O volume de investimentos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) alcançou R$ 622,8 milhões em 2016.
Os estados que mais utilizam recursos do FSA são Rio de Janeiro e São Paulo (70% do total).
SC encontra-se na 16ª colocação, com a utilização de R$ 1,79 milhão dos recursos disponíveis.
CULTURA
Em outra modalidade, o Patrocínio Cultural, o valor captado nacionalmente em 2015 foi R$ 1,2 bilhão, dos quais Santa Catarina respondeu por 3,1%.
Isso mostra que o estado pode aumentar a proporção de recursos oriundos desse modelo.
Aqui ainda há o Fundo Social, iniciativa da Fiesc, por meio do Sesi, que oferece gestão de projetos sociais beneficiados por legislações de renúncia fiscal.
Mais 2 mil indústrias podem fazer uso de renúncia fiscal.
Juntas, somam um potencial de mais de R$ 92 milhões que poderiam ficar no estado para o setor criativo.
TENDÊNCIAS
As principais tendências tecnológicas identificadas no estudo são:
- Indústria 4.0
- Internet das Coisas (IoT)
- Realidade Virtual Massificada
- Inteligência artificial aplicada à mídia
As principais tecnologias que fomentam novos modelos de negócios identificadas no estudos:
- Modelo de negócio transmídia
- OTT Content
- Mídia programática
- Content commerce
- Turismo criativo
O estudo completo pode ser conferido clicando aqui
Fonte: www.noticenter.com.br