O Banco Central do Brasil anunciou nesta semana algumas inovações previstas para o Pix, sistema de pagamentos instantâneos lançado em novembro de 2020.
As novidades fazem parte da agenda do BC de 2021 para o Pix, com o objetivo de entregar um serviço cada vez mais amplo e eficiente para os clientes.
Entre as funcionalidades, estão a possibilidade de pagar com QR Code mesmo sem acesso à internet e detalhes sobre o funcionamento do saque Pix. Confira.
QR Code do Pagador
A opção irá permitir que as pessoas paguem por Pix mesmo se estiverem off-line. Ou seja, vai ser possível ao usuário fazer pagamentos em estabelecimentos comerciais ou transferências quando não tiver acesso à internet.
Segundo Breno Lobo, Consultor no Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC (Decem), “a funcionalidade também pode democratizar ainda mais o acesso dos brasileiros aos meios de pagamento eletrônicos, já que muitas pessoas contam com um pacote de dados mais restrito”. A expectativa do BC é que o QR Code do Pagador esteja disponível até o final de 2021.
Saque Pix
Em fevereiro, o Banco Central já havia anunciado que os consumidores poderão fazer o saque em espécie pelo Pix – essa função ainda está em desenvolvimento e deve estar disponível no terceiro trimestre deste ano. O objetivo é aumentar a capacidade de pontos de saque e melhorar as condições de oferta pelas instituições, reduzindo os custos para usuários finais.
Pix duplicata
Essa opção começa a ser desenvolvida neste ano, mas o lançamento deve acontecer só em 2022. A funcionalidade vai permitir o pagamento nos casos em que uma cobrança Pix esteja vinculada a uma duplicata, proporcionando a antecipação de cobranças no Pix.
Duplicata é um documento emitido junto da nota fiscal por uma empresa que vende uma mercadoria ou presta um serviço a outra. Ela funciona como prova do contrato de compra e venda entre as partes, na qual consta o valor a ser pago e o vencimento do título.
Padronização de arquivo
Visando incentivar ainda mais competição, os arquivos de remessa e retorno que facilitam transações em lote no Pix Cobrança serão padronizados, o que é uma ótima notícia para clientes PJ: será mais fácil trocar a instituição com a qual possui relacionamento comercial, com a redução do custo de mudanças nos sistemas de automação de vendas.
O crescimento do Pix
Com cerca de cinco meses de funcionamento, o Pix já ultrapassou TEDs e DOCs em volume e quantidade de transações mensais.
Um estudo do Data Nubank revelou que o Pix é usado por pessoas de todas as faixas etárias e faixas de renda – os grupos com maior penetração são os de 18 a 30 anos de idade (cerca de 20%) e com receita declarada de R$ 5 mil a R$ 10 mil por mês (19,1%).
Além disso, o novo meio de pagamentos instantâneos escancarou a necessidade dos brasileiros de fazerem transferências fora do horário comercial: 49% das transações por Pix acontecem depois das 17h em dias úteis ou em fins de semana.
Fonte: Portal Contábeis por Danielle Nader