A proposta da Carteira Verde Amarela voltou a ser estudada pela equipe econômica. É um regime simplificado de contratação sem encargos trabalhistas e impostos, como a contribuição previdenciária.

A ideia é que uma nova versão do programa seja criada para atender trabalhadores que foram prejudicadas com a crise econômica provocada pela covid-19.

A nova versão pretende unir os benefícios da Carteira Verde Amarela com o BEm (Benefício Emergencial para Preservação do Emprego e da Renda).

O BEm foi concedido no ano passado como complemento de renda para os trabalhadores formais que tiveram o salário reduzido ou o contrato suspenso.

Na avaliação da equipe econômica, o sucesso do BEm pode ser medido pela preservação de milhões de empregos durante a recessão econômica provocada pela pandemia.

A ideia, segundo uma fonte da equipe econômica envolvida na elaboração da proposta, é que a nova Carteira Verde Amarela seja uma combinação do BEm com a desoneração dos encargos para garantir empregabilidade em massa e combater o desemprego.

Carteira verde e amarela

Sem o auxílio emergencial, que acabou em dezembro, a equipe econômica busca uma nova estratégia para ampliar a rede de proteção dos vulneráveis que recebiam o benefício. Por isso, a ideia é reformular a Carteira Verde Amarela e o Bolsa Família.

Uma medida provisória está prevista ainda para fevereiro com mudanças no programa, unificação dos benefícios já existentes, reajuste dos valores e criação de novas bolsas: por mérito escolar, esportivo e científico.

O valor médio do benefício, hoje em torno de R$ 190, passará a aproximadamente R$ 200 e poderá aumentar a depender do espaço no orçamento que for sendo aberto ao longo do ano.

Já a nova Carteira Verde Amarela vai atuar na faixa dos trabalhadores que estão entre os beneficiários do Bolsa (R$ 200) até os que recebem salário mínimo (hoje, em R$ 1.100).

A ideia do ministro é adotar um modelo de imposto de renda negativo, sistema pelo qual as pessoas recebem pagamentos suplementares do governo, em vez do pagamento de impostos.

O financiamento do programa, que prevê que a União abra mão de parte da arrecadação, está sendo discutido.

Fonte: Portal Contábeis.

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