Ministério da Fazenda terminou a checagem dos dados de devedores brasileiros e inicia na próxima semana a última fase do Desenrola – aposta do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para a redução da inadimplência no país.

Entre segunda e quarta-feira, empresas credores e bancos participarão de leilões que darão descontos nas dívidas.

Haverá uma novidade. Inicialmente era prevista a renegociação de dívidas até R$ 5 mil. O governo abrirá a possibilidade de leilões também para dívidas até R$ 20 mil. O foco, no entanto, continuará sendo esse recorte mais baixo da dívida, que terá prioridade em ter as renegociações garantidas pelo Fundo Garantidor de Operações (FGO). Foram destinados R$ 8 bilhões para o programa, dentro deste fundo (veja abaixo como funciona).

Os outros critérios continuam os mesmos: são pessoas com renda de dois salários mínimos, ou inscritos no CadÚnico.

— Esse programa é social. Temos o problema do superendividamento tornando mais agudo com a pandemia. Vamos dar alívio à população mais pobre. O segundo efeito é que as pessoas vão voltar a ter crédito, voltar ao consumo e isso vai ter efeito na economia, sobretudo no fim do ano, quando o varejo é mais aquecido — avalia o secretário de Reformas Econômicas da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto.

No total, as dívidas de R$ 5 mil acumulam um estoque de R$ 78,9 bilhões a serem negociados e 65,9 milhões de dívidas. Bancos, varejistas, companhias de água e saneamento, além distribuidoras de eletricidade poderão renegociar esses contratos. Após revisões para baixo pela Fazenda, 709 empresas poderão participar do leilão.

 

Fonte: Folha PE / portalcontabilsc.com.br
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